Liam Neeson estreia 3ª parte de “Busca Implacável” e comemora grande fase 373s1v

  • Por Agencia EFE
  • 08/01/2015 16h08
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Mateo Sancho Cardiel.

Nova York, 8 jan (EFE).- Após ter interpretado complexos personagens histórico como Oskar Schindler e Michael Collins, o irlandês Liam Neeson deu um giro inesperado em sua carreira com a saga de ação “Busca Implacável” (2008 e 2012), que estreia a terceira parte, embora considere que mesmo com esse repertório não disse tudo o que tem que dizer como ator.

“Spielberg me envia uma garrafa de vinho todo Natal, portanto ainda estou em sua agenda”, brincou Neeson com a Agência Efe, após confessar que depois do papel de protagonista em “A Lista de Schindler” (1993), estava esperando sem sucesso durante anos para “Lincoln” (2012), interpretado por Daniel Day Lewis.

A perda do papel foi por motivos de força maior, pois quando finalmente quando o longa foi rodado Neeson ava por um dos momentos mais difíceis de sua vida, a morte de sua esposa, Natasha Richardson em um acidente de esqui.

Mas o ator, agora reconvertido em herói de ação, assegurou que esta faceta sua “não é uma reinvenção” e ainda espera “continuar evoluindo como ator”.

No entanto, também não tem complexos para encarnar pela terceira vez Bryan Mills, o protagonista do que foi a grande surpresa em 2008, “Busca Implacável”, um pai que enfrenta os mais perigosos criminosos para encontrar sua filha sequestrada.

“As histórias primárias são às vezes as mais bem-sucedidas”, explicou Neeson em entrevista à Efe. “Sou pai e estou muito orgulhoso de meus dois filhos. Não tenho que fazer um grande esforço de imaginação, sei que faria qualquer coisa para protegê-los”, acrescentou.

O toque de distinção desta saga era, precisamente, transformar alguém com a aparência de bom rapaz e a idade de Neeson em um implacável herói contra sua própria vontade.

“Suponho que era inesperado. Eu também não me esperava. Assim são as vidas dos atores. Mas agradeço por não ter ganhado a fama que veio agora com 30 anos, porque não a teria manejado bem. Agora, aos 62 anos, tudo parece uma soma. Estou encantado”.

No entanto, após as duas primeiras partes, a terceira (à qual se une outro grande ator, Forest Whitaker) não podia forçar um terceiro sequestro de sua filha (como brincou Neeson, se isso acontecesse teriam que chamar o serviço sociai para ele), e ele precisará vingar o assassinato de sua ex-mulher.

“Parece que meu personagem atrai o azar, mas por outro lado parece estar muito preparado para tanta falta de sorte”, valorizou. E assim o homem normal volta a viver a transformação. “É como se apertassem um botão no pescoço e ele se transforma em uma máquina de matar”, disse.

Apesar de sua vocação de espetáculo de entretenimento, “Busca Implacável”, em seus três filmes, também buscou no espectador o sentido de desamparo diante dos erros da Justiça, um tema de especial interesse atualmente nos Estados Unidos.

“Não me parece um tema para tratar em uma entrevista deste tipo”, disse Neeson. “Só direi que é bom que a Justiça esteja neste momento no olho público nos Estados Unidos. Aconteceram coisas que não deveriam ter ocorrido e isso torna necessária revisar a Justiça, tratá-la de uma maneira diferente”.

Depois destes anos de recuperação pessoal através do cinema de ação – ele também estrelou “Desconhecido” (2011) e “Sem Escalas” (2014), parece que a “justiça” também será feita a Neeson, um dos melhores atores de sua geração, e sua agenda voltou a ficar cheia de grandes nomes.

Primeiro, Martin Scorsese, que o escalou para “Silence”, o filme sobre dois sacerdotes jesuítas no Japão do século XVII.

“É um filme muito obscuro e com muita tortura relacionada à fé. É muito relevante nos tempos de hoje e se pode relacionar, de alguma maneira, com o que está acontecendo com o Estado Islâmico”, explicou o ator.

O segundo, do espanhol JA Bayonne, com quem rodou “A Monster Calls” (com lançamento previsto para 2016), e a quem descreve como um “grande diretor que consegue incríveis interpretações das crianças”.

“Busca Implacável 3”, dirigido por Olivier Megaton e com roteiro de Luc Besson, estreia dia 22 de janeiro no Brasil. EFE

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