Amaldiçoada? Donos da camisa 10 colecionam lesões pelo Palmeiras 712c1e

Havia apenas 10 minutos de jogo quando Moisés precisou ser levado de maca após uma forte entrada que causou o rompimento de dois ligamentos do joelho. Antes mesmo de a torcida alviverde começar a comemorar os quatro gols que o Palmeiras marcaria no jogo, o que se via nas redes sociais eram lamentações pela lesão de uma das peças principais do time e um pedido: a “aposentadoria” da camisa 10.
A CAMISA 10 TEM QUE BENZER GENTE NÃO É POSSÍVEL
— SAC PALMEIRAS ⓟ (@Saalmeiras_) 19 de fevereiro de 2017
Que zica nessa camisa 10 do Palmeiras, hein?
— Diego Marques (@mdiegoficial) 20 de fevereiro de 2017
A Camisa 10 do Palmeiras é azar, ninguém que veste ela fica bem, aposenta esse MALDITO número
— Borba ⓟ (@PalestraNostro) 19 de fevereiro de 2017
Vista como “amaldiçoada” por alguns torcedores, todos os jogadores que vestiram a camisa 10 do Palmeiras na última década sofreram uma lesão grave: Valdivia, Cleiton Xavier, Barrios e, agora, Moisés.
Desde Alex, no fim da Era Parmalat , o Palmeiras não tem tido muita sorte com os herdeiros da camisa 10, que já foi vestida por nomes históricos como Ademir da Guia, Djalminha e Zinho.
Em 2001, Pedrinho assumiu a numeração mais importante do time e teve grande destaque no Brasileirão daquele ano até romper um ligamento no joelho, uma lesão semelhante a sofrida neste domingo por Moisés, e ficar afastado do time por oito meses.
O caso mais clássico de ausências por conta de lesões, não só da 10, mas na história recente do Palmeiras, foi Valdivia. Dono da “camisa amaldiçoada” nas duas agens, em 2008 e 2015, o chileno ganhou o amor e o ódio dos palmeirenses.
O amor por ser um exímio meia, peça importante na conquista do Paulista de 2008 que encerrou um jejum de quase uma década sem títulos. E o ódio porque o chileno vivia lesionado. Segundo uma reportagem da Folha de São Paulo publicada em 2013, entre outubro de 2011 e outubro de 2012, Valdivia tinha mais lesões que gols marcados pelo alviverde: 10 a 9.
O primeiro que herdou a camisa após a saída definitiva do chileno foi Lucas Barrios. O paraguaio chegou ao Palmeiras em julho de 2015 e demorou apenas um mês para desfalcar o time, por conta de uma lesão na coxa. O histórico de contusões se estendeu mesmo depois que o atacante ou a vestir a camisa 8, apenas três meses após a sua contratação.
O seu substituto foi Cleiton Xavier, que voltou ao Verdão no começo de 2015 e ou o ano também com contusões, tendo atuado em apenas 17 jogos. Ele trocou de numeração em setembro deste mesmo ano, mas teve poucas participações até o fim da temporada, quando o Palmeiras foi campeão da Copa do Brasil.
No começo de 2016, apostava-se que ele voltaria a ser o grande meia que foi em sua primeira agem, mas sofreu uma contusão logo no começo da pré-temporada, ficando afastado por oito semanas.
O ano de CX10 até que não foi ruim, tendo o dobro de atuações que teve na temporada anterior e até marcando gols decisivos durante a campanha do título brasileiro. Mesmo assim, o Palmeiras optou por vender o atleta ao Vitória.
Moisés herdou o número de tantas glórias históricas e preocupações recentes após ser o grande destaque do ano anterior. Ele ou por uma cirurgia de retirada de pinos no pé esquerdo em dezembro, ganhou (literalmente, numa brincadeira de “caça ao tesouro”) a camisa 10 no começo do ano e só jogou sua primeira partida em 2017 na última quinta, contra o São Bernardo. No jogo seguinte, sofreu a lesão que deve deixá-lo fora dos gramados por seis meses.
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