Banco Central diz que tarifas dos EUA influenciam a inflação no Brasil 1b5z1p

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Entidade também afirmou que uma grave desaceleração da economia americana e global pode resultar na diminuição da precificação para os juros do Federal Reserve e baixar os preços de commodities

  • Por Jovem Pan
  • 27/03/2025 15h34
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FÁTIMA MEIRA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO BC BC diz no RPM que tarifas dos EUA podem aumentar ou diminuir o IPCA

Nesta quinta-feira (27), o Banco Central (BC) afirmou que as tarifas comerciais instituídas pelos Estados Unidos podem influenciar na inflação do Brasil. Segundo a entidade, quando elas gerarem valorização do dólar ou redução do apetite por risco, podem aumentar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Por outro, quando ocorrer uma eventual redução no dinamismo do comércio, com desaceleração da economia mundial, poderia favorecer o real e resultar em menores pressões aqui.

No Relatório de Política Monetária (RPM), o BC explicou que essas duas possibilidades já estão contempladas no seu balanço de riscos: o vetor inflacionário, no trecho que fala em “conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada”; e o vetor para baixo, em “cenário menos inflacionário para economias emergentes decorrentes de choques sobre o comércio internacional e sobre as condições financeiras globais”.

“Se esse cenário for acompanhado de valorização global do dólar e forte redução do apetite ao risco, haveria pressão sobre o valor do real, repercutindo sobre a inflação doméstica”, afirmou o BC. “Do ponto de vista doméstico, no caso de verificação de políticas, como as do âmbito fiscal, que levem a nova deterioração da percepção dos agentes, poderiam ocorrer novos efeitos na taxa de câmbio e nas expectativas de inflação, com as pressões inflacionárias decorrentes.”, completou.

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A autarquia ainda explicou que uma grave desaceleração da economia americana e global pode resultar na diminuição da precificação para os juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e baixar os preços de commodities. “A redução nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano favoreceria o valor do real, contribuindo assim para menores pressões inflacionárias domésticas”, disse.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Publicado por Nátaly Tenório

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