Dólar fecha a R$ 5,64 com quadro fiscal dos EUA no radar; Ibovespa cai após renovação de recorde 5w6v6p

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Moeda norte-americana encerrou a sessão em baixa de 0,48%; índice da B3 teve um dia de correção mais aguda nesta quarta-feira (21), retrocedendo à casa dos 137 mil, após ter fechado pela 1ª vez aos 140 mil pontos ontem

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2025 18h23
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CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Dólar cai e fecha a R$ 5,66 com Copom e acordo comercial entre EUA e Reino Unido Em 2025, o dólar recua 8,71% em relação ao real, que apresenta o melhor desempenho no período entre as divisas da América Latina

O dólar exibiu depreciação moderada em relação ao real nesta quarta-feira (21), em mais um dia marcado por enfraquecimento global da moeda norte-americana, em meio às preocupações crescentes com o quadro fiscal dos Estados Unidos. O aumento da aversão ao risco e a queda do petróleo limitaram, porém, o fôlego de divisas emergentes, em especial latino-americanas.

Além do ambiente externo, a formação da taxa de câmbio reflete questões domésticas. De um lado, os juros elevados ajudam a amparar o real. De outro, receios fiscais inibem apostas mais firmes, sobretudo de investidores locais, em uma nova rodada de apreciação da moeda brasileira. Com máxima a R$ 5,6780 e mínima a R$ 5,6407, o dólar à vista encerrou a sessão em baixa de 0,48%, a R$ 5,6422.

A moeda apresenta perda de 0,48% nos três primeiros pregões desta semana e de 0,61% no mês. Em 2025, o dólar recua 8,71% em relação ao real, que apresenta o melhor desempenho no período entre as divisas da América Latina. Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY caiu e rompeu o piso dos 100,000 pontos, com mínima aos 99,336 pontos. No fim da tarde, rondava os 99,600 pontos. O Dollar Index já acumula perda de mais de 1% na semana. Pares do real como os pesos mexicano e colombiano foram das raras exceções a amargar perdas em relação ao dólar.

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As bolsas norte-americanas caíram mais de 1%, ao o que as taxas dos Treasuries subiram, com o retorno dos papéis de 10 e 30 anos avançando mais de 2%. Além do rebaixamento do rating dos EUA pela Moody’s, há o impacto do receio dos investidores com o plano de corte de impostos do presidente Donald Trump, que pode agravar o déficit público.

Por aqui, investidores aguardam a divulgação na quinta-feira do relatório bimestral de despesas e receitas, com provável contenção de gastos, entre bloqueios e contingenciamentos. Permanecem temores de que o governo Lula adote novas medidas sociais que impliquem em mais despesas.

Especula-se que encontro da Junta de Execução Orçamentária (JEO) desta quarta-feira debateria o desejo do presidente de antecipar o ressarcimento aos lesados pelo esquema de fraudes no INSS. A Advocacia Geral da União (AGU) calcula que os pedidos de reembolso de aposentados e pensionistas do INSS já somam R$ 1 bilhão.

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Após ter fechado a terça-feira (20), pela primeira vez aos 140 mil pontos, o Ibovespa caiu desde a abertura e teve um dia de correção mais aguda nesta quarta-feira (21), retrocedendo à casa dos 137 mil, do meio para o fim da tarde, e encerrando no menor nível desde o último dia 12 – data que antecede o início de uma série de recordes históricos. Nesta quarta-feira, oscilou entre 137.538,35 (-1,84%) e 140.108,61 pontos, na máxima do dia que correspondeu à abertura.

Ao fim, mostrava perda de 1,59%, aos 137.881,27 pontos, com giro a R$ 24,0 bilhões. Na semana, cede 0,94% e no mês avança 2,08% – no ano, sobe 14,63%. Em porcentual, a queda desta quarta-feira foi a maior registrada pelo Ibovespa desde 4 de abril, então em baixa de 2,96%.

Na etapa vespertina, a piora do Ibovespa acompanhou a de Nova York (Dow Jones -1,91%, S&P 500 -1,61%, Nasdaq -1,41%), mas também na curva do DI – após reportagem do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrar que as devidas compensações do INSS, em razão de descontos irregulares no pagamento de benefícios, já chegam a R$ 1 bilhão. Na B3, as perdas nas ações de grandes bancos foram a 2,26% (Bradesco ON) e em Vale ON, o principal papel da carteira, a 1,28% no fechamento. O dia foi negativo também para Petrobras (ON -0,85%, PN -1,12%) e para as demais ações de primeira linha

Na ponta perdedora, Marcopolo (-6,94%), Vamos (-6,60%) e Ultrapar (-6,33%). No lado oposto, Raízen (+5,95%), Cosan (+1,32%) e PetroReconcavo (+1,21%). No exterior, o leilão de Treasuries nesta quarta-feira influenciou o comportamento dos ativos americanos, com o mercado exigindo uma taxa mais alta para financiar a dívida pública, aponta o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. “O mercado está preocupado com o endividamento, com o fiscal dos Estados Unidos, e por isso deu essa pesada à tarde”, afirma.

As ações do setor elétrico (Eletrobras ON -1,17%, Copel -1,20%, Cemig -1,31%) recuaram em bloco no dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Medida Provisória da reforma do setor, que será encaminhada ao Congresso ainda nesta quarta, segundo disse, no início da tarde, o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Marcos Madureira, classificou como positiva a MP, mas itiu preocupação com a antecipação do cronograma de abertura de mercado livre de energia para a baixa tensão, conforme anunciado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Na mesma entrevista coletiva de Silveira, Rui Costa disse que a expectativa é de que o preço de energia tenha queda gradual, de 2026 a 2027. E o ministro de Minas e Energia informou que a abertura do mercado livre foi antecipada para junho de 2026, e que a reforma do setor irá beneficiar mais de 100 milhões de pessoas.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira

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