Moody’s piora perspectiva de crédito do Brasil devido à dificuldade para cortar gastos 2b394p
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Agência ressalta que a capacidade do governo em realizar um ajuste fiscal é limitada, sendo necessárias reformas mais abrangentes; no entanto, a nota Ba1 (o primeiro nível da categoria ‘especulativa’) não foi alterada

A agência de classificação de risco Moody’s Ratings revisou a perspectiva do rating soberano do Brasil, alterando-a de positiva para estável, enquanto a nota de crédito de longo prazo permanece em Ba1 (o primeiro nível da categoria “especulativa”) . Essa decisão reflete a diminuição dos fatores que poderiam levar a uma melhoria na classificação, como o aumento dos custos da dívida e a rigidez nas despesas públicas. A Moody’s ressalta que a capacidade do governo em realizar cortes significativos nas despesas é limitada, sendo necessárias reformas mais abrangentes para reduzir os gastos obrigatórios.
Recentemente, o Banco Central divulgou que a dívida bruta do Brasil alcançou 76,2% do PIB, totalizando R$ 9,2 trilhões. Em resposta a essa situação, o Ministério da Fazenda reafirmou seu compromisso com a melhoria dos resultados fiscais e a implementação de reformas estruturais. Entre as iniciativas destacadas está a reforma tributária, que busca modernizar o sistema e aumentar a eficiência na arrecadação.
A proposta de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que tem como objetivo arrecadar R$ 19 bilhões, enfrenta resistência no Congresso Nacional. A Moody’s observa que a possibilidade de uma elevação na classificação do Brasil está atrelada à construção de um consenso em torno das reformas de gastos. Por outro lado, um rebaixamento da nota pode ocorrer caso os esforços de consolidação fiscal sejam revertidos.
A manutenção da nota Ba1 é sustentada pelo crescimento econômico e pela implementação de algumas reformas. Ela indica que o governo possui capacidade de honrar seus compromissos financeiros, mas há elementos especulativos significativos, ou seja, um risco maior de inadimplência em comparação com emissores com grau de investimento.
No primeiro trimestre deste ano, o PIB brasileiro cresceu 1,4%, impulsionado principalmente pelo setor agropecuário. A nota foi atribuída em outubro de 2024, acompanhada de alertas sobre o endividamento e incertezas fiscais. Além disso, os tetos de classificação para títulos em moeda local e estrangeira foram mantidos, refletindo a cautela da agência em relação à situação fiscal do país.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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