Meu avô: 97 anos e é só o começo 3g4q34
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Cada ano que a ele fica mais forte

Hoje meu avô faz 97 anos, com uma cabeça invejável e um bom humor impressionante. Às vezes fica meio esquecido, mas nada que não esteja acontecendo comigo. Vovô Júlio caminha todos os dias com a minha avó. Faz pilates. Não tem um dia que não faça a professora rir. Quando dá, vai de escada, já que elevador é coisa para preguiçosos. Remédios? Não, obrigado. Pressão em dia, colesterol nem sabe o que é, glicemia de parabéns. Adora jogos, desde que sejam de futebol ou gamão. Não perde uma partida do Flamengo e o toque do seu celular é o hino do clube. Doce? Ah, ele gosta. E como gosta. Mas como não amar, vivendo com minha avó, doceira de mão cheia. Suas preferências são creme de abacate, goiabada com queijo, papa de milho (curau), banana da terra frita, sorvete de tapioca e, o topo do mundo, arroz doce. A paixão pelo arroz doce divide comigo. Confesso que, certa vez, hospedada na casa dele, havia sobrado um pouco e eu estava doida para comer, antes de dormir. Eu sabia que ele teria a mesma ideia, então guardei o pote na gaveta de legumes e cobri com abobrinha. Só ouço ele gritando: “Isa, acabou o arroz doce">
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