Galípolo diz que depreciação cambial afeta variação de preço 2y403w

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Durante uma sessão na Comissão de Assuntos Econômicos no Congresso, o presidente do BC enfatizou que a alimentação no domicílio, dentro dos valores livres, é o grupo mais afetado pela desvalorização do real

  • Por Jovem Pan
  • 23/04/2025 08h32 - Atualizado em 23/04/2025 09h19
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Lula Marques/ Agência Brasil Gabriel Galípolo Galípolo explicou que mais da metade das despesas dos empreendimentos rurais está, de alguma forma, ligada ao câmbio

Os impactos do câmbio no preço dos alimentos têm se tornado uma preocupação crescente para o Banco Central do Brasil. Durante uma sessão na Comissão de Assuntos Econômicos no Congresso, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou a relação direta entre a depreciação cambial e a inflação dos alimentos. Segundo Galípolo, uma depreciação de 10% no câmbio pode resultar em um aumento de 1,4 ponto percentual na inflação dos alimentos. Ele enfatizou que a alimentação no domicílio, dentro dos preços livres, é o grupo mais afetado pela desvalorização do real. Isso ocorre porque os custos de produção na agricultura e pecuária são frequentemente dolarizados, devido à compra de insumos como ração, fertilizantes e defensivos.

Galípolo explicou que mais da metade das despesas dos empreendimentos rurais está, de alguma forma, ligada ao câmbio. Ele detalhou que entre 60% e 70% da produção de commodities e alimentos no país tem uma correlação direta ou elevada com a taxa de câmbio. Essa dependência cambial é um fator crucial na formação dos preços dos alimentos, impactando diretamente o bolso dos consumidores. A volatilidade cambial, portanto, não apenas afeta os produtores, mas também se reflete nos preços finais pagos pelos consumidores nos supermercados.

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um aumento de 0,56% em março, com a inflação oficial acumulada dos últimos 12 meses atingindo 5,48%, segundo o IBGE. O grupo Alimentação e Bebidas foi o principal responsável pela alta, acelerando de 0,70% em fevereiro para 1,17% em março, representando cerca de 45% do IPCA do mês. Esses números evidenciam a pressão que a desvalorização cambial exerce sobre os preços dos alimentos, tornando-se um desafio significativo para o controle da inflação no país.

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